Se você fizer a pergunta errada não chegará à resposta certa

Recentemente, participei da equipe que levou a abordagem do Design Thinking para a convenção de uma multinacional, no Panamá.

Na ocasião, estavam presentes o presidente e a alta gestão da empresa, com um desafio que se configurou na seguinte pergunta:

Como podemos, juntos, ser protagonistas de nosso crescimento? 

Observando bem a pergunta, é possível entender o quão positivo é o desafio, especialmente em um cenário de crise. Neste contexto, a empresa, ao invés de congelar investimentos, fazer cortes, ou simplesmente esperar, propõe alavancar a pró-atividade, as soluções co-criadas e o protagonismo da equipe.

O objetivo de quem utiliza o Design Thinking não é esperar passar a crise, mas superá-la de maneira inovadora e ágil!

Em um momento em que o mercado se contrai, a necessidade de acertar o alvo, sem desperdício de tempo e dinheiro, e agradar o cliente, ficam em destaque.

O Design Thinking foi criado pela IDEO e desenvolvido pela d.school em Stanford. É uma abordagem que propõe um novo mind set, uma nova maneira de pensar e buscar soluções inovadoras para problemas complexos, com foco nas necessidades e desejos do consumidor a partir de uma ampliação de percepção, combinando viabilidade técnica com a viabilidade financeira.

Além disso, o Design Thinking traz o aprofundamento da descoberta da essência do “verdadeiro” problema, reflexão, que muitas vezes fica deixada de lado no dia-a-dia corporativo, por conta da pressão por resultados rápidos.

“Se você fizer a pergunta errada não chegará à resposta certa.”

Em resumo, isso quer dizer: investimentos desnecessários e pouco eficientes.

Na convenção, em apenas três horas foi possível aos participantes experimentar cinco fases da abordagem:

Na etapa inicial, fizemos uma total imersão no problema, para que fosse destrinchado. A riqueza do grupo com perfis variados na fase de ideação (geração de ideias) e o olhar multidisciplinar trouxeram ampla compreensão do problema e inúmeras ideias

Um dos pontos mais interessantes no pensamento do Design Thinking é que ele sempre privilegia o beneficiado, o usuário. Assim, na fase de prototipagem, foi possível tangibilizar as melhores ideias, com materiais baratos e muito rapidamente.

O protótipo é importante para testar a ideia e diminuir os riscos, garantindo através de iterações (vários aprimoramentos e testes), uma solução inovadora para o usuário ou cliente. Assim, o produto ou serviço é pensado exatamente de acordo com quem vai usá-lo.

E ao final, foi extremamente gratificante ouvir os comentários sobre a experiência vivida e a visão ampliada que os participantes obtiveram no processo.

É por pensar no cliente que o Design Thinking tem ganhado espaço nas empresas, sendo também uma alternativa para sair do pensamento de crise, conquistar novos mercados e superar situações desafiadoras.

Desejamos que fique por dentro do que há de mais inovador em estratégia empresarial.

Um forte abraço,
Flávia Ursini
Fundadora, facilitadora e design thinker